Se acontecer que tua própria mão venha inadvertidamente, a atingir-te, ferindo-lhe o corpo, de forma a deixar uma grande cicatriz,
Tu irás cortar a mão fora?
...Creio que não.
Você sabe que precisa dela, independente de qualquer que seja o sentimento, você precisa dela.
Se acontecer que teus olhos inadvertidamente contemplarem outra beleza que não seja seu “outro eu”, o seu amado, Tu iras abrir mão da sua visão?
...Creio que não.
Você precisa e gosta de ver o mundo e de preferência colorido.
Se acontecer que inadvertidamente sentires o mais lindo perfume até então sentido.
Tu iras castigar teu nariz até sangrar?
...Creio que não.
Você quer a brisa, o cheiro das flores nas primaveras.
Como agredir tua própria carne quando ela é você mesmo?
Como negar o mundo e a carne?
Como querer a morte daquilo que estabelece minha existência?
Não, não farei mal a mim, prefiro a condenação de ser uma metamorfose.
Tu por acaso tomarias uma vara e atacarias tua própria mão em retaliação por seu descuido, aumentando assim a tua dor?
...Creio que não.
Pois bem, o mesmo ocorre quando, por falta de compreensão deste mundo o teu irmão e teu amado, cuja alma é uma só contigo, te causa prejuízo e sofrimento. Se retaliares serás tu que irás sofrer.
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