O destino… Quem sabe o que é o destino?
Será um deus, um carrasco? ou, indiferente,
deixa em nós qualquer cousa de divino
ou nos crucia dolorosamente?
Quem sabe o que é o destino? É independente
ou escravo fiel, bom ou ferino?
Imutável, temível, inclemente…
ou apenas um nome? O que é destino?
Será destino a gente fazer versos?
Será destino o impulso ardente-e-doce
de cantarmos, embora em dor imersos?
Será destino amar? Seja o que for!
Para mim é destino a mão que o trouxe
do fim do mundo para o nosso amor!
Manhumirim, 1931
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